segunda-feira, 4 de abril de 2011



                                                              

Inclusão escolar




                  A escola tem papel fundamental na conscientização do homem para o exercício perfeito da cidadania e qualificação profissional. Está na constituição, garantir o direito de todos á educação.
Até pouco tempo tínhamos as escolas regulares e as especiais. Logo se pode observar as marcas da diferença e algumas mudanças na consciência  social começaram a ser desenvolvidas. Algo de mais novo e humano brotou dentro da educação brasileira. Um país de tantas cores, mesclado de tantas culturas, começou a se impor.  Não por igualdade, porque igualdade não é homogeneidade, as diferenças são produzidas a todo momento. Os alunos não são perfeitos ou iguais ou normais, são seres humanos singulares. A Declaração dos direitos das pessoas com deficiência (emenda constitucional) diz:
                  Reconhecem Os Estados Partes o direito das pessoas com deficiência à educação. Para efetivar esse direito sem discriminação e com base na igualdade de oportunidades, os Estados Partes assegurarão sistema educacional inclusivo em todos os níveis, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida.
                  Várias atitudes começaram a ser tomadas ou reelaboradas, como exemplo, as artes. Durante muito tempo as práticas artísticas na escola tinham função somente de recreação. Hoje, nos PCNs, ela é considerada como área de conhecimento como todas do currículo escolar. Segundo Barbosa (2002 Apud)  as mudanças ocorridas no ensino da arte nos levam a perceber que a arte passa de uma simples atividade recreativa ou auxiliar de outras disciplinas a ter conteúdo próprio. Ela é construção do conhecimento, na medida em que o aluno deverá pesquisar obras de artes visuais, biografias de artistas, movimentos artísticos, culturas regionais, nacionais e internacionais; reconhecer e compreender concepções estéticas presentes na histórias das culturas e etnias; educar o olhar para ler as imagens artísticas, e, assim ter maior compromisso com a cultura e com a historia.
Assim como, o conhecimento é constituído a partir da interação das diversas áreas, a escola é formada por pessoas de diferentes culturas, cor e raça. É necessária a convivência com todos, aprendendo ver o novo, o belo, o diferente. A escola tem que


valorizar a parte criativa e subjetiva dos alunos, trabalhando a diferença de modo que ela enriqueça o aprendizado de todos, deficientes ou não, com problemas de aprendizagem ou não.
O sistema escolar está organizado a partir de um pensamento que recorta a realidade e divide o aluno em normais, deficientes, bom e ruim, numa lógica mecanicista  e determinista, que ignora o subjetivo, o afetivo, não conseguindo romper com o velho modelo escolar para produzir um novo mundo, o da inclusão. Se, é isso que pretendemos é necessário que haja mudança de planos e que a escola seja redefinida numa educação voltada para uma cidadania global que valoriza e respeita as diferenças.
                  Mas aí, se chega num ponto extremamente complexo: temos que reformar as mentes. Os professores e toda comunidade escolar tem que se preparar para tal. A sociedade precisa assumir seu papel criando condições para uma igualdade de oportunidades, despertando as potencialidades dos alunos, estimulando o espírito empreendedor. Uma criança que se valoriza, dificilmente fará algo que o prejudique. É muito importante que eles cresçam seguros.
                     É necessário, inserir métodos, atividades variadas no currículo escolar para que haja uma verdadeira motivação e exploração nos diversos níveis de potencialidade, habilidade e aprendizado do aluno. A arte é um exemplo importante para descobrir e
desenvolver estas capacidades , principalmente aquele com problemas especiais.
                                     “A arte é a mais importante concentração de todos os processos biológicos e
                                              sociais do individuo na sociedade; é um meio de equilibrar o homem com o
                                              mundo nos momentos mais críticos e responsáveis da vida.” VYGOTSKY,
                                              1999. (AURORA FERREIRA)     
                      A arte é considerada uma linguagem entre os homens. Desde os tempos mais remotos era na arte que se expressava os medos, angústias e as formas com dificuldade em verbalização. Ela leva o individuo a satisfação, a melhora da autoestima e a sua recuperação, oferecendo possibilidades de improvisar e transformar conhecimentos a medida que entra no terreno criativo de cada um. Este fato pode ser verificado no dia-a-dia da sala de aula. Ao expor um quadro, a criança tem a oportunidade neste momento,
 de levar àquele ambiente, experiências de vida e caminhar em direção ao que ainda não conhecem.
                  Conforme Aurora Ferreira 2010, esse momento apresenta a força e a coragem de um portador de necessidades especiais e também a colaboração valiosa da arte para a melhoria de vida e sua inclusão na sociedade.
                  Apesar de ser uma das mais antigas formas de manifestação do ser humano, é considerada uma linguagem entre eles , além de proporcionar formas diferentes de ver e sentir o mundo. E é nesse ponto que a arte se torna um grande parceiro para a interação do aluno especial. Nela não há o diferente, pois cada um tem maneiras de se expressar e de se completar através do olhar. Segundo, Aurora Ferreira, os índios sempre fizeram uso da arte como parte de rituais para a cura de doenças, ou proteção espiritual, ao pintar o corpo, cantar dançar. Observamos com isso, que a arte por si só já é uma terapia; logo, ela intermedeia as relações com nossos conflitos internos.
                    È importante que o professor conheça os estágios de desenvolvimento gráfico das crianças, para que assim, ele possa trabalhar toda manifestação de seu aluno, ajudando-os em sua formação. É na arte que expressamos os mais íntimos sentimentos.
                   A Lei das Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96, art.26 parag  2) enfatiza a formação de valores, o aprimoramento da pessoa humana, a formação ética e o exercício  da cidadania.
                    A igualdade plena só existira a partir do compromisso e a conscientização da sociedade. Não existe limite para a mente humana.
                                                                                                  Cristina Schmidt








REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

FERREIRA, AURORA, (2010) Artes, Escola e Inclusão . Rio de Janeiro: Vozes
Declaração dos direitos das pessoas com deficiência – emenda constitucional                       BRASIL, Congresso Nacional Constituição: República Federativa do Brasil. Brasília , Centro Gráfico, 1988.
BRASIL, Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação(Lei 9.394). Brasília, Centro Gráfico,1996.

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